Por que a camisa 10 é tão importante no futebol

Tempo de leitura: 15 min

Escrito por Marks Esports
em 17 de junho de 2025

Por que a camisa 10 é tão importante no futebol
Por que a camisa 10 é tão importante no futebol

O nascimento de uma lenda: o surgimento da camisa 10

A história do futebol é repleta de simbolismos, mas poucos números carregam tanto peso e tradição quanto a camisa 10. Não se trata apenas de um número estampado nas costas de um jogador. Ela representa genialidade, protagonismo, responsabilidade e, acima de tudo, magia com a bola nos pés. Mas por que a camisa 10 é tão importante no futebol? A resposta não é simples, mas começa com a origem desse número mítico.

No futebol moderno, os números nas camisas passaram a ser utilizados a partir da década de 1920, principalmente para ajudar a identificar os jogadores. O sistema mais tradicional era numerar de 1 a 11, de acordo com as posições em campo. O número 10 ficava geralmente com o meia ofensivo central, o famoso “camisa 10”, responsável por armar as jogadas, dar o ritmo do time e, muitas vezes, decidir partidas.

Entretanto, foi com Pelé, na Copa do Mundo de 1958, que o número ganhou uma aura quase sagrada. Curiosamente, Pelé só vestiu a 10 por um acaso: a numeração da seleção brasileira foi enviada à FIFA sem definição de camisas, e ele acabou ficando com a 10. A atuação dele naquele mundial, com apenas 17 anos, foi tão impactante que a camisa nunca mais foi vista da mesma forma. A partir dali, vestir a 10 era um privilégio – e uma enorme responsabilidade.

O papel tático da camisa 10 no futebol clássico

O futebol evoluiu, os esquemas táticos mudaram, mas a simbologia da camisa 10 permaneceu firme. No modelo tático clássico do 4-2-4 ou do 4-3-3 com um meia central, o 10 era o cérebro da equipe. Era o jogador com visão de jogo diferenciada, passe preciso, drible curto e capacidade de decidir com uma assistência ou gol.

Nomes como Zico, Maradona, Platini, Totti e Riquelme são alguns dos maiores expoentes da função clássica do camisa 10. Eles eram os maestros que regiam o espetáculo, sempre com a bola colada aos pés e os olhos à frente, enxergando o que ninguém via. O futebol desses atletas era uma dança entre técnica, criatividade e inteligência.

Além do papel em campo, o 10 também exercia uma liderança natural. Nem sempre com gritos ou gestos, mas com atitude, entrega e protagonismo. A camisa 10 era, por assim dizer, a voz silenciosa que ecoava no gramado, conduzindo o time nas vitórias e sendo cobrada nas derrotas.

A camisa 10 como sinônimo de genialidade

Poucos números esportivos no mundo carregam tanta simbologia quanto a camisa 10 no futebol. Seja em clubes ou seleções, ela geralmente é atribuída ao jogador mais técnico, mais criativo, mais decisivo. E isso criou um imaginário coletivo: quando o torcedor vê alguém com a 10, ele espera magia. Não espera apenas esforço. Espera espetáculo.

A genialidade da camisa 10 se traduz na liberdade de criar. Diferente de outras posições mais rígidas taticamente, o meia 10 tinha a licença para flutuar entre os setores, se posicionar entre as linhas de marcação e ser o elemento surpresa que quebrava defesas com um passe vertical ou um chute colocado. Era o artista em meio a operários.

Um dos maiores exemplos disso foi Diego Maradona, que elevou o conceito do 10 a outro patamar. Na Copa de 1986, Maradona foi mais do que capitão ou jogador. Ele foi o espírito de um país inteiro, conduzindo a Argentina ao título com lances inesquecíveis como o “Gol do Século” e a “Mão de Deus”. Com a 10 às costas, ele encantou, provocou e venceu.

Como a mídia e o marketing fortaleceram o mito

Outro fator fundamental para explicar por que a camisa 10 é tão importante no futebol é o poder da mídia e do marketing esportivo. A idolatria por jogadores como Pelé e Maradona foi potencializada pelas transmissões televisivas, pelos jornais e pelas propagandas. A camisa 10 virou marca registrada. Uma identidade visual reconhecida em qualquer lugar do planeta.

Com o tempo, a mística do número 10 foi usada comercialmente. Camisas com esse número passaram a vender mais, e jogadores aspiravam usar a 10 para provar sua relevância. Grandes clubes europeus, por exemplo, reservam esse número para seus atletas mais técnicos ou para promessas que esperam transformar em ídolos.

Na era moderna, Lionel Messi foi o exemplo mais marcante dessa continuidade. Usando a 10 no Barcelona e na seleção argentina, Messi manteve viva a tradição da genialidade. Com ele, o número voltou a significar não apenas protagonismo, mas regularidade em alto nível por mais de uma década.

A responsabilidade emocional de vestir a 10

Vestir a camisa 10 não é para qualquer um. Ela carrega um peso simbólico que transcende o futebol. Representa história, tradição e, acima de tudo, expectativa. Os torcedores esperam que o dono da 10 seja o diferencial, o cara do drible, da assistência, do gol salvador.

É por isso que nem todo jogador se sente à vontade com ela. Em diversos clubes e seleções, a camisa 10 já passou anos “vaga”, à espera de alguém que estivesse à altura. Não basta talento. É preciso carisma, coragem e capacidade de suportar a pressão. Afinal, quem veste a 10 não joga apenas com os pés, mas também com a alma.

A prova disso está nos inúmeros casos de atletas promissores que receberam a 10 e não corresponderam. O número exige mais do que habilidade. Exige personalidade. Não à toa, alguns jogadores preferem manter outros números, fugindo da expectativa exagerada.


Na sequência, vamos explorar como a função do camisa 10 se adaptou ao futebol moderno, quais os principais nomes que herdaram esse legado nos últimos tempos e se ainda há espaço para o 10 clássico nas formações atuais.


O camisa 10 no futebol moderno: adaptação ou extinção?

À medida que o futebol foi se tornando mais físico, veloz e taticamente rigoroso, o espaço para o “camisa 10 clássico” passou a diminuir. A função do meia central criativo começou a ser fragmentada em diferentes papéis: meias mais recuados, pontas com liberdade de criação e atacantes que também organizam o jogo.

Formações como o 4-3-3, o 4-2-3-1 e o 3-4-3 trouxeram mudanças profundas. O meia ofensivo central começou a dividir o protagonismo criativo com os pontas e até com os laterais que passaram a atuar como armadores em jogadas de ultrapassagem. A figura do camisa 10, tradicionalmente aquele jogador “solto” no meio, passou a ser vista com certa cautela por treinadores que priorizavam compactação, pressão alta e transições rápidas.

Mas isso significa que o camisa 10 morreu? Longe disso. O que aconteceu foi uma transformação. A essência criativa da função sobreviveu, mas passou a habitar diferentes posições. O futebol moderno exigiu que o camisa 10 evoluísse, se adaptasse, se tornasse multifuncional. Aquele que antes apenas criava, agora marca, recompõe, corre, se infiltra e finaliza.

Novos camisas 10: quem manteve vivo o mito?

Mesmo com todas as mudanças, a simbologia da camisa 10 continua poderosa. E vários nomes da nova geração (ou da transição entre o clássico e o moderno) mantiveram o espírito do 10 vivo, cada um ao seu estilo.

Lionel Messi talvez seja o maior exemplo contemporâneo. Ele não apenas herdou a 10 na seleção argentina e no Barcelona como a ressignificou. Messi começou como ponta, mas gradualmente assumiu a função de maestro. Com a bola no pé, passou a comandar o jogo de qualquer setor do campo. A camisa 10 voltou a ser sinônimo de gênio.

Neymar, no Brasil, também foi escolhido para usar a 10 após a aposentadoria de craques como Ronaldinho e Kaká. Ele simbolizou uma nova geração que mescla habilidade, ousadia e protagonismo. Com atuações decisivas, golaços e liderança ofensiva, Neymar assumiu a responsabilidade com naturalidade — embora cercado de críticas em momentos chave.

Outros nomes que vestiram ou ainda vestem a 10 com propriedade incluem:

  • Modrić no Real Madrid, mesmo com a 10 funcionando em um papel mais recuado, como armador de origem.
  • Paulo Dybala, que, apesar de ser considerado irregular, representa a tentativa da Juventus de manter viva a tradição do 10 criativo.
  • James Rodríguez em seu auge, especialmente na Copa do Mundo de 2014, quando personificou o camisa 10 clássico.

Mas há também casos em que a camisa 10 virou um número simbólico, e não funcional. Vemos atacantes centrais, alas e até volantes usando a 10, o que levanta uma pergunta importante: o que vale mais — o número ou o papel desempenhado?

O impacto emocional e psicológico nos jogadores

Ao longo da história, muitos jogadores que herdaram a camisa 10 passaram a lidar com um tipo diferente de pressão: a expectativa psicológica. Para alguns, vestir a 10 foi combustível para jogar mais. Para outros, um fardo pesado demais.

O que torna a camisa 10 única é a carga emocional que ela traz. Não é apenas sobre futebol. É sobre legado, história, cobrança e idolatria. Quando um jovem jogador recebe a 10, não é raro que ele seja imediatamente colocado sob os holofotes, mesmo que ainda esteja em processo de formação.

Exemplos disso aconteceram com frequência no futebol brasileiro. Vários jovens promissores foram rotulados como “o novo Pelé” ou “o novo Zico” apenas por usarem a 10. E nem todos estavam preparados para lidar com isso. Em alguns casos, a pressão atrapalhou o desenvolvimento natural do atleta, transformando expectativa em frustração.

Por outro lado, há jogadores que florescem sob essa responsabilidade. Que entendem o simbolismo do número como um chamado à grandeza. Que aceitam o desafio de fazer história. Afinal, a 10 não perdoa os fracos de espírito. Ela exige coragem.

Clubes e suas camisas 10 históricas

O peso da camisa 10 não se limita às seleções. Nos clubes, ela também tem uma aura especial. Cada torcedor guarda na memória um 10 inesquecível. E muitos clubes fizeram história com jogadores que marcaram eras usando esse número.

Barcelona, a camisa 10 está eternizada com Messi, mas antes dele, nomes como Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo já encantavam o Camp Nou.

Real Madrid, embora a camisa 10 tenha sido mais distribuída entre jogadores de diversas funções, nomes como Luis Figo e Luka Modrić (em fase mais recente) deram significado ao número.

Milan, Gianni Rivera e Ruud Gullit usaram a 10 com protagonismo. Já no Manchester United, embora a 7 tenha sido mais icônica, a 10 também brilhou com nomes como Wayne Rooney.

No futebol brasileiro, a 10 carrega um peso ainda mais cultural. No Santos, ela virou sinônimo de Pelé. Flamengo, foi Zico quem a eternizou. No São Paulo, Raí encantou os torcedores. No Corinthians, Neto marcou época com sua habilidade e identificação com a Fiel.

Essa ligação entre número e identidade fortalece a paixão do torcedor. Quando um camisa 10 entra em campo, ele carrega não só o peso da própria atuação, mas também das memórias que o número desperta em milhões de torcedores.

A camisa 10 como inspiração para gerações futuras

Mesmo em meio às transformações táticas e ao futebol cada vez mais automatizado, a camisa 10 continua a inspirar. Jovens jogadores ao redor do mundo sonham em vestir esse número, não apenas por prestígio, mas pela vontade de deixar sua marca no esporte.

Para muitos, a 10 representa uma promessa: a de que, com trabalho, talento e paixão, é possível alcançar a grandeza. Quando um garoto entra numa escolinha de futebol e pede a 10, ele está, inconscientemente, dizendo que quer ser diferente. Que quer liderar. Que quer brilhar.

E essa simbologia, esse encantamento que a 10 carrega, é o que mantém viva a magia do futebol. Mesmo em tempos de algoritmos, scout e dados estatísticos, ainda há espaço para o improviso, para o drible inesperado, para o passe genial. E a camisa 10 é, por excelência, o símbolo maior dessa esperança.


Na parte final, vamos amarrar toda a trajetória da camisa 10 com uma reflexão sobre seu futuro no futebol mundial. Vamos analisar se ela ainda tem espaço no cenário tático atual e quais jogadores podem assumir esse manto nos próximos anos.


A camisa 10 no futebol atual: ainda há espaço para ela?

Com o passar dos anos, muitos especialistas começaram a questionar: ainda existe espaço para o camisa 10 no futebol atual? Em um cenário dominado por sistemas táticos compactos, linhas defensivas bem organizadas e exigência máxima de intensidade física, parece cada vez mais raro ver um jogador livre, com autonomia para criar sem se preocupar tanto com a recomposição.

No entanto, essa visão é apenas uma parte da história.

O futebol atual, embora mais físico e exigente, também é altamente estratégico. E justamente por isso, jogadores com inteligência criativa e capacidade de quebrar linhas continuam sendo extremamente valiosos. Eles podem não estar mais “parados” no centro do campo, mas continuam sendo decisivos – seja começando pela ponta, caindo pelos lados ou flutuando entre as linhas.

Um bom exemplo disso é Kevin De Bruyne, do Manchester City. Embora use a camisa 17, sua função em campo espelha a de um camisa 10 moderno: leitura de jogo superior, passes verticais letais, assistências decisivas e posicionamento cirúrgico. Outro exemplo é Bruno Fernandes, do Manchester United, que alia intensidade física à criatividade típica de um 10.

Portanto, não é que o futebol tenha deixado de valorizar o camisa 10. Ele passou a exigir que o camisa 10 evoluísse, se adaptasse e ampliasse seu repertório. O número pode até estar nas costas de um jogador diferente, mas o papel de líder técnico continua vital.

A camisa 10 como marca pessoal e institucional

Além da função tática, a camisa 10 também se tornou uma poderosa ferramenta de marketing. Clubes e patrocinadores sabem o quanto ela impacta a torcida. Quando um time anuncia que determinado jogador vestirá a 10, isso não é apenas uma decisão técnica – é uma declaração institucional. Está dizendo ao mundo: “Esse é o nosso protagonista.”

Por isso, vemos a camisa 10 ser usada como símbolo de renovação, aposta ou consagração. Quando um craque chega a um clube, a disputa pela 10 é natural. É como se o número sintetizasse o prestígio do atleta e o comprometimento do clube em torná-lo ídolo.

Mas nem sempre isso funciona. Quando mal gerida, essa simbologia pode se transformar em armadilha. Um jogador ainda em formação pode sentir o peso do número e não render o esperado. Já vimos isso acontecer em diversas ocasiões, como no caso de promessas que foram lançadas com pompa e circunstância, mas naufragaram diante das expectativas irreais.

Por isso, muitos técnicos e dirigentes hoje ponderam bastante antes de entregar a camisa 10 a um jovem talento. O ideal é que o atleta não apenas tenha capacidade técnica, mas também maturidade emocional para suportar as pressões que vêm com o número.

Os próximos donos da mística 10

O futebol é cíclico. Para cada camisa 10 que se aposenta, uma nova promessa surge. E em meio a essa renovação constante, sempre existe a curiosidade: quem será o próximo grande 10?

Alguns nomes já despontam como herdeiros desse legado. Entre eles:

  • Jude Bellingham, do Real Madrid, vem surpreendendo por sua maturidade e leitura de jogo. Embora use a camisa 5, já atua com protagonismo, arma o jogo e aparece como um possível futuro camisa 10 na seleção inglesa.
  • Rodrygo, do Real Madrid e da seleção brasileira, aos poucos se mostra decisivo, criativo e versátil – características fundamentais para quem deseja assumir o manto.
  • Jamal Musiala, do Bayern de Munique, é outro talento promissor. Com habilidade no drible curto, visão de jogo e movimentação inteligente, o alemão pode ser o típico 10 moderno.

É claro que nem todos esses jogadores terão a responsabilidade ou o desejo de vestir a camisa 10 em seus clubes ou seleções. Mas seus estilos de jogo demonstram que a essência do 10 continua viva: improviso, criatividade e protagonismo.

A camisa 10 no futebol feminino

Não se pode falar sobre por que a camisa 10 é tão importante no futebol sem mencionar sua relevância no futebol feminino. Nessa vertente, a 10 também carrega história, talento e representatividade.

No Brasil, Marta eternizou a camisa 10 com atuações brilhantes, gols memoráveis e liderança dentro e fora de campo. Considerada por muitos como a maior jogadora de todos os tempos, ela elevou a simbologia da 10 feminina a patamares históricos, sendo reconhecida mundialmente como o “Pelé de saias”.

Outras jogadoras que marcaram a história com a 10 nas costas incluem:

  • Homare Sawa, no Japão, campeã mundial e referência de elegância e técnica.
  • Dzsenifer Marozsán, na Alemanha, que alia inteligência tática e refinamento técnico.
  • Alexia Putellas, do Barcelona e da seleção espanhola, atual referência da nova geração, eleita duas vezes a melhor jogadora do mundo.

O que essas atletas têm em comum? Todas foram – ou são – líderes técnicas de suas equipes. E todas carregaram a 10 com a mesma dignidade, entrega e qualidade que os grandes ícones do futebol masculino.

A mística permanece: o número é apenas um símbolo, mas o simbolismo é eterno

Ao final de toda essa trajetória, a resposta para a pergunta “por que a camisa 10 é tão importante no futebol” se torna clara: porque ela simboliza o que há de mais puro e encantador no esporte.

Mais do que um número, a 10 representa a liberdade de criação, o talento acima da média, a coragem de assumir o protagonismo e a vontade de ser diferente. Mesmo com todas as mudanças táticas, o futebol ainda precisa de jogadores que pensem diferente, que decidam em um lance, que encantem a torcida com um gesto técnico inesperado.

E enquanto houver alguém disposto a assumir esse papel, a camisa 10 continuará viva. Nos gramados do mundo todo, seja no campo de terra de uma periferia ou no relvado de uma final de Champions League, a 10 seguirá sendo sinônimo de sonho, brilho e responsabilidade.


Conclusão

A camisa 10 jamais será apenas um número. Ela é história viva. É o reflexo de um futebol mais criativo, mais artístico, mais humano. Mesmo que os esquemas mudem, mesmo que o jogo se torne cada vez mais físico e matemático, o espírito do camisa 10 resiste. Ele se transforma, se adapta, mas não desaparece.

Por isso, toda vez que você vir um jogador vestindo a 10, preste atenção. Pode ser que você esteja diante de um novo capítulo da história do futebol. Afinal, como dizia o próprio Zico: “Quem joga com a 10 precisa entender que está carregando mais do que tecido. Está carregando o peso de todos que já brilharam com ela.”

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